sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mulher de catador que estava sumida é localizada e volta para casa na Bahia

Homem cuidava da filha de sete meses sozinho desde o dia 2 de agosto.  
"Ela estava super ansiosa para voltar ", afirma tenente que a conduziu.

'Não quero dar minha filha', diz catador após sumiço de esposa  (Foto: Ruan Melo/G1) 
A mulher do catador de materiais recicláveis, Antônio Santana, que estava cuidando da filha sozinho, foi localizada no fim da tarde desta sexta-feira (10), na localidade de Baixa da Paz, no bairro de Sussuarana, na capital. Segundo a 48ª CIPM, um homem acionou a polícia quando viu a mulher no local. A Polícia Militar a reconduziu para casa, que é situada no mesmo bairro. "Ela estava acolhida na casa de uma família desde o dia que desapareceu, mas estava super ansiosa para voltar para casa", afirma o tenente Damasceno, da 48ª CIPM. A PM informa que ela deixou a casa, desde o dia 2 de agosto, após brigar com o marido. Antônio Santana gostou da surpresa, disse que está "muito feliz", que não vai perder a oportunidade de emprego que já recebeu, para ajudar a melhorar a vida da mulher e da filha, que tem sete meses.

A casa onde a família mora é simples, tem apenas dois cômodos, e foi alugada há um ano e cinco meses, quando a família chegou de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, para tentar vida melhor na capital.
A história de Antônio Santana comoveu centenas de pessoas, que fizeram doações ao catador para ajudá-lo a sustentar a filha enquanto a mulher não voltava para casa. Entre os donativos realizados na quinta-feira (9), estão leite e outros alimentos, fraldas e brinquedos para a criança.
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Proposta de emprego
Na quinta-feira (9), o catador de materias recicláveis recebeu a visita de representantes de uma empresa de serviços elétricos, que ofereceram oportunidade de emprego com carteira assinada. Ele comemorou a oportunidade, mas disse que não podia aceitar o emprego antes de saber o que vai acontecer com a filha. “Eu não posso deixar ela sozinha em casa e ir trabalhar”.

Antes de começar no emprego, Antônio Santana terá que conseguir seus documentos de identificação novamente. Ele disse que perdeu tudo há mais de dois anos, quando ainda morava em Santo Antônio de Jesus.

Visando conseguir melhor condição de vida, Antônio diz que há dois anos saiu com sua mulher de Santo Antônio de Jesus rumo a Salvador. “Eu queria montar um café, colocar uns lanches”. Ele conta que não conseguiu emprego e passou a trabalhar como catador. A renda era de R$ 20 a R$ 30 por dia. .

'Não quero dar minha filha', diz catador após sumiço de esposa  (Foto: Ruan Melo/G1)Casa onde vive o pai e a filha. Ele conta que paga R$ 160 por mês para alugar residência de dois cômodos. (Foto: Ruan Melo/G1)Fonte: G1 BA

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